[Debian-br-gud-rs] FLISOL 2015 sem Ubuntu

Paulo Francisco Slomp slomp em ufrgs.br
Terça Março 24 11:57:17 UTC 2015


FLISOL 2015 sem Ubuntu

Autor: Anahuac de Paula Gil

Fonte: http://www.anahuac.eu/flisol

Não sei como ser mais explicito: por favor participantes do FLISOL, não instalem Ubuntu.

O Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre (FLISOL), é um evento realizado desde 2005 e que acontece simultaneamente em várias cidades da América Latina com intuito de difundir o Software Livre por meio da instalação de sistemas operacionais e aplicativos livres. Porém nas últimas edições , a maioria dos voluntários passou a instalar o Ubuntu nos notebooks e computadores dos visitantes, com a melhor das intenções.

O problema é que Ubuntu não é Software Livre faz muito tempo! Seja pela quantidade de código não livre embutido nele, seja pela sua postura eminentemente comercial, seja pelo seu absoluto desrespeito pelos princípios éticos e filosóficos do Software Livre.
Em nossa humilde opinião, os voluntários do FLISOL acham que estão fazendo o bem, porém estão confundindo Open Source Iniciative (OSI) com Software Livre, estão difundindo mais software não livre e consciência OSI que qualquer outra coisa.

Porque a implicância com o Ubuntu?

Ubuntu foi a única distribuição GNU/Linux que instalou a partir de outubro de 2012 software malicioso para coletar dados de seus usuários sem dizer nada a ninguém. Isso é antiético, imoral e vai de encontro a todos os princípios do Software Livre. Só isso deveria bastar, mas a Canonical deixou claro em sua defesa sobre o spyware que instalou secretamente, que ações desse tipo são normais no mundo corporativo e que não se arrependia. E ainda tem mais: criticou diretamente a Free Software Foudation (FSF) e o Richard Stallman por terem exposto o problema ao público "da forma como fizeram".

Então se unirmos os dois problemas- software não livre + comportamento contrário ao Software Livre - qual é o motivo que leva o Ubuntu a ser a distribuição GNU/Linux mais instalada em todas as edições do FLISOL? Facilidade, praticidade, compatibilidade? Se sua resposta for qualquer uma dessas, lembre-se: esses são argumentos do Open Source e não do Software Livre. O objetivo primário é defender a liberdade.

Instalar outras distribuições pode?

Não deveria poder, afinal de contas a maioria das distribuições usa kernel Linux e este já está tão infectado de softwares não livres, que mal dá para categorizá-lo como um Software Livre. Assim distribuições como Fedora, Mandriva, openSUSE, Debian e todas mais conhecidas, estão fadadas à mesma condição do Ubuntu. A diferença está em não usar a pior delas, para a comunidade Software Livre.

Retroceder para voltar ao rumo certo

Recusar formalmente a instalação do Ubuntu seria um recado claro de que a comunidade Software Livre não aceita mais os abusos cometidos. Que não aceita mais a inclusão constante e crescente de software não livre em suas distribuições GNU/Linux mais queridas. Pense no efeito que um posicionamento como esse teria e os benefícios que alcançaríamos como movimento social e político, depois de toda a experiência adquirida nos últimos anos.

Dar dois passos para trás, para poder dar um à frente, na direção certa. Sejamos francos, até quando vamos continuar nos submetendo aos abusos de poder dado por nós mesmos aos fabricantes de notebooks, aos desenvolvedores do Kernel Linux e a empresas como a Canonical. Todos eles parecem cada vez mais interessados em seus próprios negócios do que em fomentar e disseminar a cultura do Software Livre.

E qual é a sugestão?

Apontar um problema e não oferecer nenhuma solução não seria correto, então seguem algumas sugestões:

a) Escolha uma distribuição GNU/Linux recomendada pela FSF https://www.gnu.org/distros/free-distros.html ;
b) Sugerimos a distribuição Trisquel GNU/Linux (http://trisquel.info), exatamente porque se baseia no Ubuntu LTS e isso facilitaria encontrar documentação e opções on-line;
c) Permitam uma exceção de driver não livre usando o ndiswrapper para permitir o funcionamento das placas Wifi;
d) Automatizem via script a instalação dos pacotes não livres mais comuns: codecs multimídia privativos, java, flash e outros, mas não executem vocês mesmos. Deixem que as pessoas façam isso elas mesmas. Elas são livres para escolher usar ou não software não livre, o FLISOL e os ativistas do Movimento Software Live não são.

Consequências diretas

O primeiro incômodo é ter que explicar as pessoas que cheguem ao FLISOL procurando instalações de Ubuntu, porque não se instalará essa distribuição. A consequência imediata é criar a percepção geral de que o Ubuntu não é tão bom assim.

O segundo incômodo é colocar o instalador de cara com um driver privativo, de forma evidente, sem margem a interpretações. O que os olhos não veem, o coração não sente. E isso se aplica aos blobs privativos que vem no kernel Linux, que são instalados sem que se perceba. É isso o que gera aquela "felicidade" de ter o hardware funcionando, mesmo que seja em detrimento de todo o nosso discurso de ativismo em prol da liberdade tecnológica.

O terceiro é trazer de volta a discussão sobre os problemas que os drivers privativos causam: dependência tecnológica imposta pelo poder econômico dos fabricantes. Neste momento é o inconveniente do EFI e amanhã será o SecureBoot. Até quando vamos permitir passivamente sermos limitados, constrangidos e relegados? O dia em que não será possível instalar mais um sistema operacional livre está chegando. Vamos reagir?

Apelo

Este á um apelo para que o FLISOL seja a força propulsora para que o Software Livre volte a ser valorizado como deve, para que seus princípios éticos e filosóficos sejam priorizados, para que o modelo que da mais valor a placa de wifi funcionando do que a liberdade tecnológica seja derrotado.

Não estamos buscando coerência plena neste momento. Trata-se do primeiro passo do resto de nossas vidas. Todos juntos podemos fazer do Mundo um lugar melhor. Usar, difundir, desenvolver e se manter firme ao lados dos preceitos éticos e filosóficos do Software Livre é um dos caminhos para se alcançar esse objetivo.

Se você estiver de acordo assine a petição. Assuma o compromisso de que o FLISOL na sua cidade não instalará, recomendará, ou ensinará Ubuntu e voltará a discutir sobre a essência do Software Livre.

Saudações Livres!


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FLISOL 2015 sin Ubuntu

No se como ser más explícito: por favor participantes de FLISOL, no instalen Ubuntu.

El Festival Latino-Americano de Intalación de Software Libre (FLISOL), es un evento realizado desde 2005 y que se realiza simultáneamente en varias ciudades de América Latina con la intención de difundir el Software Libre por medio de la instalación de sistemas operativos y aplicaciones libres. No obstante, en las últimas ediciones, la mayoría de los voluntarios comenzó a instalar Ubuntu en los notebooks y computadoras de los visitantes, con la mejor de las intenciones.

El problema és que Ubuntu no és Software Libre desde hace mucho tiempo! Ya sea por la cantidad de código no libre incluído en él, por su propia postura evidentemente comercial, o por su absoluta desapego de los principios éticos y filosóficos del Software Libre.

En nuestra humilde opinión, los voluntarios de FLISOL creen que están haciendo el bién, pero están confundiendo Open Source Initiative (OSI) con Software Libre, están difundiendo más software no libre y en consecuencia OSI más que otra cosa.

¿Por qué hay problema con Ubuntu?

Ubuntu fue la única distribución de GNU/Linux que instaló a partir de octubre de 2012 software malicioso para recolectar datos de sus usuarios sin decir nada a nadie. Esto es antiético, inmoral y va contra todos los principios del Software Libre. Esto debería alcanzar, pero la empresa Canonical dejó en claro su defensa sobre el spyware que instaló secretamente: que acciones de este tipo son normales en el mundo corporativo y que no se arrepentía. Y aun hay más: criticó directamente a la Free Software Foundation (FSF) y a Richard Stallman por haber expuesto el problema al público "de la forma como se hizo".

Entonces se unimos ambos problemas: software no libre más comportamiento contrario al Software Libre, ¿cuál es el fundamento que lleva a que Ubuntu sea la distribución GNU/Linux más instalada en todas las ediciones del FLISOL? ¿facilidad?, ¿practicidad?, ¿compatibilidad? Si su respuesta es cualquiera de estas, recuerde que ellas son argumentos del Open Source y no del Software Libre y el objetivo primario es defender la libertad.

¿Se puede instalar otras distribuciones¿

No se deberia poder, al final de cuentas, la mayoría de las distribuciones utilizan el kernel Linux y éste ya está tan infectado con software no libre, que mal da para categorizarlo como un Software Libre. Así distribuciones como Fedora, Mandriva, openSUSE, Debian y todas las más conocidas, están en la misma condición que Ubuntu. El diferencial está en no usar la peor para la comunidad de Software Libre.

Retroceder y volver a tomar el rumbo correcto

Rechazar formalmente la instalación de Ubuntu sería un claro mensaje que la comunidad de Software Libre no acepta más los abusos que se están cometiendo. Que no se acepta más la incorporación constante y creciente de software no libre en las distribuciones de GNU/Linux que más preferimos. Debemos pensar en el efecto que un mensaje como este tendría y los beneficios que alcanzaríamos como movimiento social y político, despues de toda la experiencia adquirida en los últimos años.

Dar un par de pasos para atrás, para poder caminar al frente, en la dirección correcta. Seamos francos, ¿hasta cuándo vamos a continuar sometiendonos a los abusos del poder que otorgamos a los fabricantes de notebooks, a los desarrolladores del Kernel Linux y a las empresas como Canónical. Todos ellos parecen cada vez más interesados en sus propios negocios que en formentar y diseminar la cultura del Software Libre.

¿Y cuál es la sugerencia?

Identificar un problema y no ofrecer ninguna solución no sería correcto, entonces siguen algunas sugerencias:

a) Optar por una distribución GNU/Linux recomendada por la FSF https://www.gnu.org/distros/free-distros.html;
b) Sugerimos la distribución Trisquel GNU/Linux (http://trisquel.info), precisamente porque se basa en Ubuntu LTS y eso facilita encontrar doucmentación y opciones on-line;
c) Permitir la excepción instalando drivers no libres, utilizando ndiswrapper para habilitar el funcionamiento de placas wifi;
d) Automatizar con un script la instalación de los paquetes no libres más comunes: codecs multimedia privativos, java, flash y otros, pero no ejecutarlo nosotros, sino que dejar que los usuarios lo hagan ellos mismos, pues son libres de elegir el software no libre, el FLISOL y los activistas del Movimiento de Software Libre no lo son.

Consecuencias directas

Lo primero, es incómodo tener que explicar a las personas que llegan a FLISOL buscando instalaciones de Ubuntu que se instalará otra distribución. La consecuencia inmediata será fomentar la percepción general que Ubuntu no es tan bueno.

Lo segundo, también es incómodo tener que instalar los drivers privativos, de forma evidente, sin margen a interpretaciones. Lo que los ojos no ven, el corazón no siente. Y esto se aplica sobre los blobs privativos que vienen en el kernel Linux, que son instalados sin ser percibidos. Y esto es lo que genera quella "felicidad" de tener el hardware funcionando, aunque sea en perjuicio de nuestro discruso en pro de la libertad tecnológica.

Lo tercero, es retomar la discusión sobre los problemas que provocan los drivers propietarios: dependencia tecnolócia impuesta por el poder económico de los fabricantes. En este momento está el inconveniente del EFI y mañana será el SecureBoot. ¿Hasta cuando vamos a permitir pasivamente ser limitados y relegados? Un dia ya no será posible instalar un sitema operativo libre, ¿vamos a revelarnos?

Convocatoria

Esta es una convocatoria para que el FLISOL sea la fuerza impulsora para que el Software Libre vuelva a ser valorizado como debe, para que sus principios éticos y filosóficos sean la prioridad, para que el modelo que da más valor a la placa wifi funcionando que a la libertad tecnológica, sea derrotado.

No estamos buscando coherencia plena en este momento. Se trata de un primer paso para el resto de nuestras vidas. Todos juntos podemos hacer del Mundo un lugar mejor. Usar, difundir, desarrolar y mantenerse firme junto a los preceptos éticos y filosóficos del Software Libre es uno de los caminos para alcanzar ese objetivo.

Si se está de acuerdo con esta petición, asuma el compromiso de que el FLISOL en su ciudad no instalará Ubuntu y volvera a discutir sobre la esencia del Software Libre.

Saludos Libres!

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Paulo Francisco Slomp
http://ufrgs.br/psicoeduc
Acionado com Software Livre
http://ufrgs.br/soft-livre-edu



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